“Repovoar aldeias com refugiados é uma ideia sem consistência”, defende Berta Nunes

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Qua, 30/09/2015 - 11:31


 A presidente da autarquia de Alfândega da Fé entende que não será através do acolhimento dos refugiados que as aldeias da região serão repovoadas. Berta Nunes considera que o país deve ter um papel activo no acolhimento destas pessoas, mas considera que a maioria dos refugiados de guerra que chegar a Portugal virá com a intenção de regressar ao país de origem quando a situação estabilizar.

A Santa Casa da Misericórdia de Bragança mostrou recentemente a disponibilidade de desenvolver um projecto de acolhimento a longo prazo, como forma de repovoar as aldeias do concelho.
A responsável do Município, que esteve associado ao projecto Novos Povoadores, considera que a chegada desta população, vista como forma de repovoar o interior, não será viável.
“Se nós pensamos que vamos povoar o território com os refugiados talvez estejamos a incorrer num erro, essa ideia é capaz de não ter grande consistência. Acho que se estamos a pensar que vamos repovoar Bragança com estes refugiados, parece-me que não será bem assim, não me parece que seja uma boa ideia”, refere a autarca
A autarca entende que é prematuro falar deste processo, visto que ainda não há muitas informações em relação à forma como será feito o acolhimento de refugiados.
“Mas acho que neste momento ainda não temos informação suficiente para sabermos como este processo vai decorrer a CIM e as instituições da igreja já disseram que estão disponíveis para colaborar”, frisa a responsável, que salienta que “é prematuro falar quanto à forma como poderão vir, quem vem e onde são colocados” .
Sabe-se para já que Portugal vai receber mais de 4000 refugiados. Escrito por Brigantia.