Qua, 23/05/2018 - 10:11
A associação ambientalista escolheu a micologia como tema deste dia não só pela relevância ao nível da economia e da gastronomia, mas também devido às importantes implicações na conservação da biodiversidade e na ecologia dos povoamentos florestais, como salientou Paula Nunes da Silva, vice-presidente da Direcção Nacional da Quercus: “este assunto está esquecido. Nós chamamos a atenção porque do ponto de vista da biodiversidade os fungos que depois dão a origem a cogumelos, para além de terem uma função vital nas relações dos ecossistemas na decomposição na matéria orgânica, estabelecem simbioses benéficas na nossa floresta autóctone” afirmou Paula Nunes da Silva.
A Quercus entende que reina a anarquia no sector da apanha de cogumelos e que na prática há uma delapidação severa deste importante recurso natural e recorda que Portugal espera há mais de uma década pela regulamentação da apanha de cogumelos:
“Também existe a vertente económica, é que se houvesse de alguma forma protegida destes seres vivos, também se poderia obter algum rendimento económico, uma vez que os cogumelos são altamente valorizados. E sabemos que na vizinha Espanha, existe um conjunto de unidades de transformação que fazem com que o cogumelo silvestre tenha um valor acrescentado que não é valorizado em Portugal”, salientou a vice-presidente da Direcção Nacional da Quercus.
Factores que levam a Quercus, que no dia da biodiversidade, a pedir ao governo que dê a atenção necessária a este sector e que crie a regulamentação de apanha e comercialização de cogumelos silvestres.
Escrito por Brigantia
Foto: Quercus