Qua, 17/01/2018 - 09:23
Apesar da seca que antevia um ano de fraca azeitona, os resultados surpreenderam pela positiva, tanto em quantidade como qualidade.
“É um ano excepcional. Enquanto que há uns meses toda a gente previa que ia haver um decréscimo de produção, veio-se a verificar exactamente o contrário. Nós já batemos todos os recordes, principalmente de azeite, este ano o rendimento foi melhor e isso veio a bater o último recorde que tínhamos de azeite. A nível da quantidade de azeitona, estamos muito próximos de atingir o máximo registado, o que acho que vai acabar mesmo por acontecer. Foi um ano atípico, a azeitona acabou por ficar na oliveira numa altura em que pensávamos que iria cair, o que foi bom para os agricultores e para a cooperativa. A seca foi terrível e os bons resultados são um efeito da natureza que não se consegue explicar muito bem, o que foi óptimo pois as quantidades de azeite obtido foram superiores, assim como a quantidade de azeitona e a qualidade”, refere Luís Rodrigues, presidente da Cooperativa Agrícola de Macedo.
Até agora a Cooperativa Agrícola de Macedo de Cavaleiros soma 5 milhões e 100 mil quilos de azeitona e mais de 1 milhão de litros de azeite.
Um cenário optimista que se verifica um pouco por todo o país.
A nível nacional estima-se que a produção venha a atingir as 140 mil toneladas de azeitona, o que bate todos os recordes desde a década de 60.
“Penso que é esta vai ser a campanha que vai pulverizar todos os nossos recordes de produção desde os anos 60, esperam-se à volta de 140 mil toneladas de azeitona e, portanto, para Portugal é um valor histórico.
Desde os anos 60 que não havia nada que se parecesse com esta produção, a azeitona rendeu mais e não caiu tanto.
Acho que o português tem por hábito ser um pouco pessimista e preferimos pensar que vai acontecer o pior possível. Prevenimo-nos sempre, o que também é uma prova de sabedoria e faz com que se trabalhe para o melhor e nos contentemos com o que vem.
Neste momento o que vem felizmente é bom, desde os anos 60 é o melhor ano de sempre, garantidamente o melhor ano do século XXI”, afiança Patrícia Falcão, secretária Geral da Federação Nacional das Cooperativas Agrícolas e Olivicultores (FENAZEITES).
Números que são maioritariamente da responsabilidade do maior produtor nacional, o Alentejo, e que podem fazer com que a cota transmontana volte a descer em percentual, avançam ainda a secretária-Geral da FENAZEITES.
No total, estima-se que o aumento da produção nacional ande na ordem dos 30 %, o que para Francisco Silva, Secretário-geral da Confagri, representa uma mais-valia para o aumento do interesse dos mercados internacionais.
A produção de azeite a superar expectativas e a bater recordes num ano agrícola fustigado pela seca.
A produção nacional de azeite a subir significativamente em 2017. Escrito por Rádio Onda Livre (CIR).