Plano Local de Saúde para a ULS do Nordeste vai ser criado até ao final do ano

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Qui, 20/09/2018 - 08:13


Vai ser criado, até ao final do ano, um Plano Local de Saúde para a Unidade Local de Saúde do Nordeste.

Este plano, à semelhança de outros já criados noutras regiões, baseia-se em estratégias nacionais e regionais e prevê contribuir para o cumprimento das metas nacionais, mas também traçar estratégias e intervenções específicas e individualizadas. A primeira reunião plenária aconteceu ontem, na Escola Secundária Emídio Garcia, e reuniu diversas entidades de saúde do distrito. O presidente do conselho de Administração da ULS do Nordeste, Carlos Vaz, explica que já estão identificadas as principais necessidades para se poder começar a traçar o plano. "Foi feito um levantamento de todas as necessidades, com estudos profundos através da unidade de saúde pública e do próprio planeamento da ARS Norte, e para agir é preciso conhecer. Um dos pontos em que nós, aqui na nossa região, efectivamente estamos mal é na percentagem, por exemplo, de mortes externas, nomeadamente acidentes de tractor. Todas as forças vivas são importantes para tomarmos medidas para fazer esse objectivo. O plano é até 2020 mas poder-se-á alargar. Para que as pessoas se sintam envolvidas têm que se fazer estes plenários e vão ser discutidos os assuntos, fundamentalmente das prioridades a definir para a nossa região para tomarmos as medidas necessárias".

No âmbito do Plano Local de Saúde, Carlos Vaz avança ainda que os responsáveis da ULS do Nordeste pretendem intervir mais em parceria com outros agentes locais. "São esses programas que já estão a ser desenvolvidos, quer pelos centros de saúde, quer pelas equipas de saúde pública, quer nas escolas, que são fundamentais para alertar as pessoas a ter outros hábitos. Com esse conhecimento e levantamento, feito pela saúde pública e pelos departamentos centrais da nossa região, temos agora conhecimento das nossas prioridades para podermos agir com programas objectivos e com o envolvimento de todos, quer das câmaras municipais, misericórdias, outras instituições de saúde, forças públicas, PSP, GNR, etc", explicou o presidente do conselho de Administração da ULS do Nordeste.

A coordenadora da unidade de saúde pública da ULS do Nordeste, Inácia Rosa, explica que para desenhar o plano foram identificados os principais dez problemas de saúde registados na região e foram propostos cinco. "Identificámos dez problemas de saúde, desses dez, com critérios de vulnerabilidade, de transcendência, magnitude, com o conselho de administração, nós já identificámos cinco. Vamos propor os cinco a toda esta gente e vão ser escolhidos três e são esses três que nós iremos trabalhar em todo o distrito. Primeiro é as doenças cérebrovasculares e cardiovasculares, em segundo tumores, em terceiro diabetes, em quarto doenças respiratórias e em quinto saúde mental", esclareceu Inácia Rosa.

A saúde mental foi assumida como uma das áreas prioritárias para intervir na região já que ficou esclarecido que Bragança é o distrito com maior taxa de suicídios em Portugal, cerca de 20 por ano, uma realidade que pode estar relacionada com o isolamento e envelhecimento da população.

 

Escrito por Brigantia

Jornalista: 
Carina Alves