Ter, 04/08/2015 - 12:29
Há, neste momento, muitas aldeias do distrito que já não têm transportes públicos, porque os operadores que detêm as concessões não cumprem os contratos, sem que isso se traduza em sanções.
Esta é uma situação reconhecida e denunciada pelo presidente da Câmara de Vimioso, Jorge Fidalgo.
“Apesar da nossa insistência junto dos operadores o que nos dizem é que as linhas fora do período escolar são inviáveis financeiramente”, refere o presidente deste Município, que adianta que o problema se mantém mesmo depois “das denúncias junto do IMTT acerca da não operacionalidade das linhas e do descontentamento demonstrado junto das operadoras”.
Vimioso é um dos 4 concelhos, que a par de Vinhais, Mogadouro e Miranda do Douro têm maior grau de dificuldade de acessibilidades e mobilidade de transportes no distrito, tanto a nível interno do próprio município, como para o exterior. Isso mesmo revela um estudo encomendado pela Comunidade Intermunicipal Terras de Trás-os-Montes. Uma avaliação que tem como objectivo estudar formas alternativas para resolver a dificuldade de transporte.
De acordo com o presidente da CIM, América Pereira, os nove municípios tentarão encontrar uma solução em conjunto e garante que “o assunto vai ser discutido na CIM e que será estudada uma forma de reduzir os impactos negativos”.
Jorge Fidalgo está convicto de que uma futura solução a ser encontrada pelas autarquias deverá ser uma solução mais benéfica para as populações do que a actual.
“Pior do que está, não ficará e desta forma não pode continuar. Nós enquanto autarcas temos que encontrar uma solução, seja com os operadores que existem, seja junto dos operadores de táxis ou outras empresas que queiram vir a colaborar. Há estudos pilotos no país e em Espanha que estão a ser analisados”, considera o autarca e Vimioso.
A lei recentemente publicada abre a possibilidade de que a gestão dos transportes possa passar para as mãos das autarquias ou CIM’s. A Comunidade Intermunicipal está a analisar projectos piloto nesta área no país e em Espanha. Escrito por Brigantia.