Mobilidade por doença de professores do distrito investigada pelo Ministério

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Ter, 04/08/2015 - 12:11


 O aumento de pedidos de mobilidade por doença feitos por docentes, para agrupamentos do distrito de Bragança, está a gerar polémica entre estes professores e os do Quadro de Zona Pedagógica. De acordo com órgãos de comunicação nacional, o Ministério da Educação está já a investigar o grande número de pedidos de mudança de escola por motivo de doença, no distrito.

As vagas ocupadas pelos docentes que recorreram a este mecanismo, faz com que os professores do quadro de zona pedagógica possam ficar sem componente lectiva atribuída, o que pode levá-los a ter de se deslocar para localidades distantes da sua área de residência.
Carlos Silvestre, do Sindicato dos Educadores e Professores Licenciados por Escolas Superiores e Universidades (SEPLEU), admite que o número de caso pode ser considerado anormal.
“Pode ser considerado um número anormal, mas que terá a ver com questões pessoais e dos médicos que passaram esses atestados”, refere.
Este representante dos professores aconselha os directores dos agrupamentos a passar a responsabilidade à tutela.
“Os directores dos agrupamentos devem passar a batata quente ao Ministério, questionando a tutela sobre o que fazer com os professores de mobilidade por doença e o que fazer com os professores do quadro de zona pedagógica”, considera Carlos Silvestre.
Só nos agrupamentos da cidade de Bragança terão sido concedidos mais de 200 pedidos ao abrigo deste mecanismo de mobilidade.
Teresa Pereira, do Sindicato de Professores do Norte, “Por parte de alguns colegas que podem ser afectados pela situação tem havido algum descontentamento”, avança Teresa Pereira. “Os professores não são contra esse tipo de mobilidade, mas o que noto é que não estão dispostos a ter de se deslocar para muito longe de casa, enquanto outros menos graduados os ultrapassam”. Para resolver esta situação, a sindicalista sugere que estes professores que pedem destacamento por doença “fiquem nas escolas com outro tipo de trabalhos, sem componente lectiva”. Escrito por Brigantia.