Linhas fechadas do Matadouro do Cachão reabrem segunda-feira

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Sex, 15/02/2019 - 19:26


ASAE fez nova inspecção, esta manhã, e constatou que as obras de requalificação feitas nas unidades de abate, cujo funcionamento tinha sido suspenso, no Natal, estão de acordo com as medidas correctivas impostas.

A Autoridade de Segurança Alimentar e Económica deu luz verde para a reabertura do Matadouro do Cachão, na próxima segunda-feira, dia 18 de Fevereiro, dois meses depois de uma inspecção da ASAE ter determinado a suspensão da actividade devido à degradação da unidade, como consequência da falta de manutenção.

As câmaras de Mirandela e Vila Flor, detentoras do MIC, investiram cerca de 30 mil euros em obras de requalificação e uma nova inspecção, esta sexta-feira, deu aval para a reabertura, por constatar que as medidas correctivas foram tidas em conta, avança fonte da ASAE.

As obras realizadas consistiram “na colocação de tubagem nova, pintura paredes, tectos e chão, pintura das linhas de abate, substituição da ventilação, electrocutores e portas”, conta a presidente do Município de Mirandela que justifica a celeridade do processo “para que a estrutura ficasse rapidamente à disposição da região, dada a sua importância, visto que a solução para o abate dos animais, na região, eram os matadouros de Bragança, Vinhais e Miranda do Douro, o que causou grandes transtornos”, adianta Júlia Rodrigues.

A intervenção já estaria prevista para iniciar no mês de Janeiro mas foi antecipada pela ASAE que, no dia 20 de Dezembro, determinou a suspensão. “Uma infeliz coincidência, visto que na época de Natal é quando se realizam mais abates”, lamenta a autarca.

Tendo em conta a comparação dos números de 2018 o MIC, no período que esteve encerrado, terá deixado de abater cerca de 2500 animais.

Júlia Rodrigues admite que existe algum receio de que esta suspensão possa levar a que vários produtores deixem de abater naquela unidade. “Existe esse receio de facto, mas também temos a certeza que o serviço de excelência que prestamos aos produtores, de maior proximidade, maior celeridade e a custos controlados, acaba por ser uma mais-valia que poder ser fundamental”, conclui.

O MIC abate, anualmente, cerca de 20 mil animais e emprega 26 pessoas, foi comprado pelas câmaras de Mirandela e de Vila Flor à PEC Nordeste em 2005, por cerca de 450 mil euros, quando o Estado decidiu desfazer-se do negócio da carne.

Para que a unidade seja sustentável, cada município financia, anualmente, cerca de 180 mil euros.

Escrito por Rádio Terra Quente