PUB.

Greve dos enfermeiros causa constrangimentos nos serviços da ULS do Nordeste

PUB.

Sex, 29/07/2016 - 12:10


Os enfermeiros estão hoje em greve. Para alguns é o segundo dia de paralisação, já que ontem foi dia de greve geral dos trabalhadores da área da saúde. Os serviços de saúde estão a funcionar com constrangimentos nas unidades hospitalares da Unidade Local de Saúde do Nordeste. 

Segundo dados do Sindicato dos Enfermeiros Portugueses, na unidade hospitalar de Bragança, a adesão à greve no turno da noite foi de 90%. E no turno da manhã 81% dos enfermeiros não compareceram ao serviço. Em Mirandela, no turno da noite fizeram greve 70% dos enfermeiros, e no turno da manhã 71%.Já no Hospital Macedo de Cavaleiros, a adesão foi menor , ficando-se pelos 60% no turno da noite e pelos 65% no turno da manhã. A coordenadora do Sindicato dos Enfermeiros Portugueses no distrito de Bragança, Elisabete Barreira estava à espera deste tipo de adesão. “ O sentimento que existe por parte da enfermagem é que se poderia fazer greve uma semana, um mês ou um ano porque, realmente a nossa classe está a ser bastante esquecida e castigada pelas sucessivas leis. Obviamente que dias de greve implicam também uma redução de salário e é muito difícil ficar sem um dia de salário. Mas achamos que vai haver uma boa adesão porque os colegas compreendem e assinam por baixo os motivos desta greve”, refereiu. 

Elisabete Barreira garante o objectivo não é condicionar serviços mas, de facto, isso está a acontecer, dando conta de serviços da Unidade Local de Saúde do Nordeste onde a greve é de 100 por cento, como é o caso da obstetrícia. “Os serviços ficam sempre condicionados. Temos a urgência a 100%, o bloco operatório a 70%, os serviços cirúrgicos também e a obstetrícia também está a 100%. Obviamente que o objectivo não é condicionar os serviços mas sim lutar por melhores condições de trabalho, pelas 35 horas para a toda a gente, o pagamento de horas no período nocturno e extraordinárias e a admissão de mais enfermeiros porque não se consegue implementar a lei das 35 horas, já que não há enfermeiros nos serviços”, acrescentou Elisabete Barreira. 

O alargamento das 35 horas aos profissionais contratados, que ainda fazem 40 horas semanais ou a reposição do pagamento das horas extra e em período nocturno, que já aconteceu noutros sectores, são algumas das reivindicações dos enfermeiros, que estão hoje em greve em todo o país. Escrito por Brigantia/Onda Livre (CIR).