Federação dos Bombeiros do distrito adere ao protesto da Liga dos Bombeiros Portugueses

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Ter, 11/12/2018 - 10:20


A Federação dos Bombeiros do distrito de Bragança junta-se ao protesto da Liga dos Bombeiros Portugueses e não está a cooperar com o comando distrital do CDOS.

Em causa está a reforma da lei orgânica da autoridade civil. Diamantino Lopes, presidente da federação do distrito explica que todas as corporações do distrito aderiram a esta forma de luta.

“Na sequência da reforma legislativa que está a ser implementada foi decidido não colaborar com o CDOS distrital. Nós aderimos a essa luta. Nesta primeira fase, a não cooperação significa não estabelecer contacto com o CDOS, isto é não reportar ocorrências e nem responder às chamadas”, disse Diamantino Lopes.

A reforma da protecção civil prevê a criação de cinco comandos regionais e 23 sub-regionais de emergência e protecção civil em vez dos actuais 18 comandos distritais de operações e socorro, criando um modelo de base metropolitana ou intermunicipal. No caso do distrito de Bragança, os bombeiros de Carrazeda de Ansiães, Freixo de Espada à e Torre de Moncorvo vão fazer parte da jurisdição da CIM Douro. Para já o socorro às populações está 100 % garantido.

“O socorro à população não está em causa, “sendo efectuado da mesma forma, com o mesmo grau de prontidão e velocidade”, afiançou Diamantino Lopes.

O presidente da Federação dos Bombeiros do distrito de Bragança destaca que os bombeiros são receptivos a reformas, mas que esta coloca em causa a autonomia das corporações.

“Os bombeiros são favoráveis às reformas que têm que ser implementadas com mecanismos para que tornem os processos mais ágeis seja em que âmbito for. Discordamos desta reforma que foi agora implementada e por isso encetamos este processo de luta para seja negociada uma reforma adequada”, completou Diamantino Lopes.

Ontem a página electrónica do Prociv praticamente não apresentava ocorrências. A reforma está em discussão pública e que o governo pretende concluir em Março do próximo ano.

Escrito por Brigantia 

Jornalista: 
Maria João Canadas