Seg, 05/12/2016 - 11:04
“Os populares comunicaram-nos que têm vídeos e provas concretas de que há efluentes domésticos que são descarregados sem qualquer tratamento naquela zona e que provocam uma situação de poluição grave que se arrasta há vários anos. Tem um impacto grave, porque para além de diminuir a qualidade da água, é a montante de uma praia fluvial o que causa problemas, para além de ambientais ecológicos e de saúde pública, também de carácter económico”, frisa o parlamentar.
A situação levou os deputados do Bloco de Esquerda a questionar o Ministério do Ambiente sobre quais as medidas a tomar para garantir a identificação das entidades poluidoras, a sua responsabilização, a cessação do foco poluidor e a despoluição das linhas de água afectadas.
De acordo com os cidadãos contactados pela Brigantia, mas que não quiseram prestar declarações gravadas, a situação persiste há vários anos.
A Câmara Municipal de Torre de Moncorvo admite ter conhecimento da situação. O autarca Nuno Gonçalves refere mesmo que o município tinha um projecto para solucionar o problema, que foi no entanto chumbado pela Agência Portuguesa do Ambiente (APA).
“A própria câmara municipal, ao contrário do que é referido nesse comunicado, que mais me parece ter sido feito a pedido do que com conhecimento de causa e da região, nós submetemos à APA no PO SEUR (Programa Operacional de Sustentabilidade no Uso dos Recursos) uma candidatura que foi reprovada porque esse organismo entendia que a água estava em condições”, esclareceu.
Não deverá portanto ser imediata a resolução deste problema de poluição no rio Sabor, resultante da descarga directa de esgotos no leito junto à foz que desagua no rio Douro. Escrito por Brigantia.