Seg, 12/04/2021 - 08:19
Jorge Fidalgo diz que o modelo criado pelo Centro de Recursos Naturais e Ambiente além dos casos por 100 mil habitantes, tem em conta “a incerteza relacionada com o número de habitantes de cada município”, o que não está a ser valorizado pelos mapas da DGS. O autarca pede que o governo aplique todos os critérios de quem criou este modelo. “Não contestamos dados nenhuns. O que dizemos é que a análise dos mapas de risco deve ser feita de acordo com as observações do centro de investigação que preparou estes mapas. Só queremos que os dados sejam interpretados exactamente como o centro de investigação recomenda”.
O concelho, com cerca de 4 mil habitantes teve durante a semana passada teve 8 casos e terminou-a com 3. Números que apesar de baixos colocaram o concelho acima do limiar de risco de incidência e em perigo de não avançar para a próxima fase de desconfinamento. “Num concelho com 22 localidades, com 482 quilómetros quadrados, com 4300 pessoas tem risco elevado? Quando há pandemia as pessoas devem fugir do mundo rural para o mundo urbano? Sempre foi o contrário. Se seguirem a metodologia dos mapas de risco chegarão à conclusão que é abusivo dizer que o grau de risco em concelhos como o de Vimioso é muito elevado”.
O centro do Instituto Superior Técnico que criou os mapas de risco esclarece que “um elevado risco de infecção, num município com uma pequena população, está sempre associado a uma elevada incerteza. Por esse motivo, o valor do risco nesse local tem uma relevância relativamente baixa”.
A terceira fase de desconfinamento avança daqui a uma semana a 19 de Abril e os concelhos que estiverem acima do limiar de risco não devem avançar nas novas medidas de desconfinamento.
Escrito por Brigantia