Qua, 16/10/2019 - 09:48
“Estamos em crer que o que falta é organizar e articular as várias produções e ganhar escala para que possamos sob o ponto de vista de uma cooperativa ou sob o ponto de vista de uma empresa, que agregue vários produtores, se possa caminhar para a concentração da produção tendo em vista a comercialização”, referiu a autarca de Mirandela, Júlia Rodrigues.
O primeiro passo para a criação deste conselho municipal de agricultura já foi dado com a aprovação, em reunião do executivo, no passado mês de Setembro. A autarca sublinha a importância crescente deste sector no concelho e acredita que há condições para um aumento exponencial da produção de frutos secos.
“Temos fundamentalmente produção e amêndoa, também começamos a ter pistácio e acreditamos que com toda a dinâmica que temos quer nos jovens agricultores, quer nos agricultores e empresários agrícolas temos melhores condições para a produção e frutos secos”, acrescentou.
E para que esse aumento da produção se torne numa realidade, Júlia Rodrigues é necessário aumentar a área de regadio que já está previsto avançar no concelho, em 2020, no âmbito do Plano Nacional de Regadio, e que representa um investimento superior a 11 milhões de euros.
“Temos neste momento o projecto do Navalho, que andará aproximadamente à volta de 11 milhões de euros e um regadio tradicional na freguesia de Contins que é um regadio bastante mais pequeno e com outras características, mas com um investimento aproximado de 350 mil euros”, explicou.
O Conselho Municipal de Agricultura foi apresentado no II simpósio nacional de frutos secos, que aconteceu em Mirandela, e onde também ficou patente que uma das estratégias para sustentar estas culturas passam precisamente pelo aumento da capacidade de regadio.
Escrito por Terra Quente