Associação de Cuidados Paliativos foi a Belém alertar para a necessidade de investimento nesta área

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Qua, 19/02/2020 - 10:38


A Associação Portuguesa de Cuidados Paliativos foi recebida ontem pelo Presidente da República para se pronunciar sobre os projectos de lei sobre a eutanásia que são levados amanhã ao parlamento.

A associação é contra estas propostas e transmitiu a Marcelo Rebelo de Sousa as preocupações com a necessidade de aumentar o apoio aos cuidados paliativos, como referiu o Duarte Soares, presidente da Associação Portuguesa de Cuidados Paliativos e clínico da ULS Nordeste.

“Sendo a eutanásia completamente oposta à nossa causa, mas envolvendo-se no mesmo tema global, o do sofrimento, estamos verdadeiramente interessados em acompanhar este tema, propondo soluções que passam por um investimento marcado numa área em que há 8 anos tem vindo a ser defraudadas as expectativas dos portugueses em sucessivas estratégias para os cuidados paliativos que têm vindo a cair por terra por falta de investimento público”, referiu.

A Associação Portuguesa de Cuidados Paliativos considera que a aposta nos cuidados paliativos é “um caminho alternativo”, que “está a ser colocado de parte e desvalorizado”.

O responsável afirma que no distrito de Bragança, apesar de alguns exemplos positivos, há também necessidade de investimentos na área dos paliativos. “O interior tem dado alguns passos importantes que podem considerados exemplo, mas o distrito de Bragança ainda tem uma cobertura comunitária que ainda é insuficiente, os concelhos do sul do distrito ainda carecem de cobertura tecnicamente capaz”, sublinhou.

O Presidente da República mostrou abertura e sensibilidade em relação aos argumentos da Associação de Cuidados Paliativos, referiu o presidente da entidade Duarte Soares.

Escrito por Brigantia.

Foto: Presidência da República

Jornalista: 
Olga Telo Cordeiro