Alegado desvio de quase 15 mil euros na Cruz Vermelha de Mogadouro origina queixa no ministério público

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Qua, 20/06/2018 - 18:12


A Cruz Vermelha de Mogadouro tem uma nova comissão administrativa, depois da demissão do anterior presidente e de um alegado desvio de quase 15 mil euros dos cofres da instituição.

O problema nas contas vai mesmo levar a uma queixa no ministério público, como confirmou à Brigantia a vice-presidente da direcção nacional da Cruz Vermelha, Irene Veloso. “Vimos que neste momento estavam 14888 euros, que estão dados como entrados em caixa e não estão, não foram depositados. Em vez de abrirmos um processo eleitoral, face à situação foi decidido aqui na direcção nacional que o melhor seria retirar todas as pessoas que lá estavam, uma vez que não deram pela situação e nomear uma comissão administrativa. Agora a nova presidente irá apresentar queixa”, referiu.

A anterior direcção da delegação da Cruz Vermelha de Mogadouro era encabeçada por José Lima. O ex-presidente da delegação disse que pediu a demissão devido por não concordar com o que disse ser indisciplina de alguns elementos que trabalhavam na instituição e garante que as acusações em relação ao alegado problema nas contas não passa de difamação. “Inventaram que havia um deficit há dois anos, que tinha faltado 14 mil euros. E eu pergunto, como? A mim a Cruz Vermelha nunca me disse nada e agora vêm por em causa a minha reputação, isto é uma difamação pura de uma pessoa que deu 23 anos e nunca recebeu um cêntimo”, destacou o antigo líder da instituição.

Por sua vez, a nova presidente da comissão administrativa da delegação de Mogadouro, Lélia Ribeiro, acusa a anterior direcção de ter dificultado a transição, ao cancelar serviços, apagar registos informáticos e ter prejudicado o serviço de transporte de doentes para tratamentos e exames. “Foi-nos dado conhecimento desta situação pela sede nacional, não tivemos acesso a qualquer tipo de conta da delegação de Mogadouro, até agora, já aí se nota um pouco de má-fé ou esquecimento, não nos facultaram qualquer tipo de documentação, registo no computador, que tinha palavra-passe”, apontou.

A comissão administrativa da Cruz Vermelha de Mogadouro, que tomou posse a semana passada, foi nomeada transitoriamente, para preparar as condições necessárias para a realização de eleições, devendo assumir estas funções no período de 1 a 2 anos.

Os novos responsáveis da instituição pretendem agora retomar a normalidade nos serviços que prestavam no transporte de doentes e de urgência para unidades hospitalares de Bragança, Mirandela e Vila Real e aumentar o apoio prestado na área social. Escrito por Brigantia. 

Jornalista: 
Olga Telo Cordeiro