Qui, 06/08/2015 - 12:02
Apesar do aparecimento desta forma de combate à doença que afecta os soutos ter sido bem recebida, o produto não é de venda livre, mas distribuído por intermédio das associações de produtores.
O remédio só é disponibilizado após a identificação das estirpes de cancro, o que aconteceu no caso de Espinhosela, como adiantou o presidente da junta de freguesia, Telmo Afonso. “Na freguesia de Espinhosela as predominantes são duas, e aparece uma outra e se o produto não fizer efeito em todas as estirpes o IPB para produzir produto para essa estirpe”, explicou. “Os produtores de castanha Espinhosela podem adquirir o produto na associação Arborea e podem pedir esclarecimentos na associação ou pedir para que seja aplicado o produto nos castanheiros doentes”, esclarece ainda.
O presidente da Junta de Freguesia de Espinhosela mostra-se satisfeito por ter sido possível conseguir um produto que evita prejuízos a muitos produtores de castanha da aldeia. “Se pudermos minimizar os efeitos tanto melhor, sabemos que o produto é altamente eficaz”, refere Telmo Afonso.
De acordo com a Escola Superior Agrária, qualquer produtor pode aplicar o produto, desde que haja um estudo prévio de identificação da estirpe.
O processo de autorização de aquisição é, no entanto, lento, o que pode estar relacionado com a falta de financiamento aos estudos necessários para avaliar a compatibilidade do produto, consoante as estirpes. No quadro comunitário de apoio, esteve aberta uma medida de financiamento a este tipo de investigação relacionada com doenças, mas o curto período para apresentação de candidaturas e a eventual falta de informação, parece ter feito com que poucos produtores tenham recorrido a este apoio.
Para já o produto foi disponibilizado para as aldeias de Vilar de Peregrinos e Tuizelo, em Vinhais, São João da Corveira, no concelho de Valpaços, e Parada e agora Espinhosela, Bragança. Escrito por Brigantia.